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sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Sarney é excluído de propaganda na TV


Figuras influentes do PMDB, o presidente do Senado, José Sarney (AP), e o líder do partido na Casa, Renan Calheiros (AL), foram excluídos do programa televisivo peemedebista e das inserções veiculadas no horário gratuito neste início de ano.
Na quarta-feira (22), o presidente do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), tentou explicar os motivos das exclusões.
Segundo Raupp, Sarney e Calheiros não participaram dessas gravações porque o partido decidiu priorizar os pré-candidatos às eleições municipais.
Sarney e Renan: marqueteiros querem sumir com eles
Raupp negou a informação de que Sarney e Renan tenham sido excluídos para atender a uma orientação de marqueteiros, interessados em distanciar a imagem do PMDB desses dois parlamentares – desgastada por vários escândalos.
José Sarney por pouco não teve de deixar a presidência do Senado em 2009, após ser envolvido num rosário de denúncias – a mais grave delas referente à nomeação para cargos no Senado de parentes e aliados políticos, por meio de atos secretos. Os onze processos abertos contra ele na Comissão de Ética do Senado foram arquivados em agosto de 2009. O presidente do Conselho na época era Paulo Duque (PMDB-RJ), aliado de Sarney.
Renan Calheiros também teve de enfrentar uma sequência de denúncias a partir de maio de 2007, quando era presidente do Senado. A primeira delas foi revelada em reportagem de capa da revista Veja, de que a empreiteira Mendes Júnior pagava R$ 12 mil por mês à jornalista Mônica Veloso. Mônica foi amante de Renan e teve um filho com ele. Os R$ 12 mil mensais seriam pagos à jornalista a título de “pensão”.
Após essa revelação, vieram outras: a compra de rádios em Alagoas, em sociedade com João Lyra, em nome de “laranjas”; o ganho com tráfico de influência, junto à empresa Schincariol, na compra de uma fábrica de refrigerantes, com recompensa milionária; o uso de notas fiscais frias, em nome de empresas fantasmas, para comprovar seus rendimentos; a montagem de um esquema de desvio de dinheiro público em ministérios comandados pelo PMDB; e a montagem de um esquema de espionagem contra senadores da oposição ao governo Lula.
Ao todo, houve seis representações no Conselho de Ética do Senado pedindo a cassação de Renan. No início de dezembro de 2007, sob pressão da opinião pública, Renan renunciou à Presidência do Senado, mas não foi cassado, sendo absolvido das acusações no Conselho de Ética e no plenário da Casa.
Renan comemorou a preservação do mandato na casa de José Sarney – que articulou sua vitória. Em 2010, Renan Calheiros reelegeu-se senador por Alagoas para duas legislaturas (1º de fevereiro de 2011 até 31 de janeiro de 2019).
Sarney e Renan fora do ar – No programa de TV do PMDB exibido no dia 9 de janeiro, Sarney e Renan ficaram de fora. Participaram o vice-presidente da República, Michel Temer; o líder do partido na Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (RN); os senadores Eunício Oliveira (CE), Eduardo Braga (AM) e Luiz Henrique (SC), além do pré-candidato à prefeitura de São Paulo, Gabriel Chalita, entre outros.
“Tínhamos de priorizar outros nomes e o tempo é muito curto”, alegou Valdir Raupp, referindo-se ao tempo de dez minutos do programa completo e às inserções de 30 segundos na TV.
Raupp argumentou que Sarney e Renan apareceram nos programas institucionais do ano passado.
Fonte: jornal pequeno

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