A comissão especial da Câmara dos Deputados criada para discutir os
vencimentos dos parlamentares aprovou nesta quarta-feira (20) a Proposta
de Emenda à Constituição (PEC) que equipara os salários de deputados
federais, senadores, ministros, vice-presidente, presidente e
procurador-geral da República aos dos ministros do Supremo Tribunal
Federal (STF), cujos subsídios são o teto do funcionalismo público.
A
PEC, apresentada no ano passado pelo deputado Nelson Marquezelli
(PTB-SP), ainda precisa ser votada em dois turnos pelo plenário da
Câmara. Depois, será encaminhada para votação no Senado, antes de ir à
promulgação.
Parlamentares, presidente e ministros recebem
atualmente R$ 26,7 mil, o mesmo salário dos ministros do STF. A
equiparação, no entanto, teve que ser aprovada pelo Congresso. Caso a
PEC seja aprovada, os parlamentares não mais terão de votar os reajustes
a cada vez que os vencimentos do STF foram reajustados. Sempre que
houver aumento no STF, o reajuste será automático.
No mês
passado, a Comissão do Trabalho da Câmara dos Deputados aprovou reajuste
de 20,3% para os ministros do Supremo - vencimento de R$ 32,1 mil - a
partir de janeiro de 2012. O projeto ainda precisa passar pela Comissão
de Finanças e Tributação e pela Comissão de Constituição e Justiça antes de ir ao plenário da Câmara.
Segundo
o relator, deputado Mauro Lopes (PMDB-MG), foi incluída no texto também
a vinculação do salário do defensor Público-Geral Federal ao de
ministro do STF. Ele afirmou que a PEC prevê que uma lei municipal fixe
os subsídios dos vereadores e que os salários das autoridades estaduais
sejam estabelecidos por lei estadual. No caso dos vereadores, a Constituição dizia que o valor deveria ser fixado pela Câmara, mas não estipulava por qual instrumento.
De
acordo com Mauro Lopes, a proposta acaba com o "efeito cascata" dos
salários no país. "A essência maior dessa PEC é que acaba com o efeito
cascata. Antes, quando dava aumento para deputados, tinha aumento
automático dos deputados estaduais e dos vereadores. Agora, desvinculou
completamente."A proposta já havia sido aprovada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara em junho do ano passado. A comissão especial foi criada pela Câmara em maio deste ano e levou pouco mais de um mês entre a discussão e a aprovação do texto.
Fonte: Jusbrasil
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