
Uma família herdeira de terrenos em uma área no município de Paço do Lumiar denunciou à polícia que teria sido lesada pelo deputado estadual Raimundo Cutrim, na época em que ele era secretário de Segurança Pública do Estado. O depoimento do deputado à Comissão de Delegados que investiga crimes de grilagem de terra no Maranhão estava marcado para esta sexta-feira (10) na Assembleia Legislativa, porém foi adiado e ainda não tem data marcada.
A grilagem de parte das terras da família Melo, na comunidade Pindoba, está sendo investigada pela Polícia Civil por meio de uma comissão de delegados. O caso já está na Justiça, na Comarca de Paço do Lumiar e na Corregedoria do Tribunal de Justiça do Maranhão. Dona Sinésia Isidora de Melo, de 70 anos, já prestou depoimento à polícia sobre a grilagem de 68 hectares de terra de sua família, que teria sido feita pelo deputado estadual Raimundo Cutrim. Segundo ela, o parlamentar teve apoio de um delegado da Polícia Civil maranhense. “Ele (Raimundo Cutrim) e o delegado Sebastião Justino sabiam de tudo, inclusive quem veio aqui para falar em compras foi o Sebastião Justino”, afirma a aposentada.
A propriedade teria sido adquirida com documentos que poderiam ser falsos, expedidos pelo cartório de 1º Ofício Extrajudicial de São José de Ribamar. A procuração foi outorgada no mês de julho do ano 2000 por Antonio Claudino da Silva, que autoriza, por meio do documento, a venda da terra. Antonio Claudino, no entanto, morreu no ano de 1997.
Em depoimento, Cutrim alega ter sido enganado em compra de terras
Polícia investiga envolvimento de deputado com grilagem em Paço do Lumiar. Raimundo Cutrim prestou depoimento nesta quarta-feira (16), em São Luís.
O deputado estadual Raimundo Cutrim prestou depoimento nesta quarta-feira (16) aos delegados que investigam a grilagem de terras na região metropolitana de São Luís. O deputado foi denunciado por uma família proprietária de terrenos na comunidade da Pindoba, em Paço do Lumiar . Segundo a família, o deputado teria se apropriado de um terreno usando uma documentação falsificada no cartório de São José de Ribamar. Durante o depoimento, o deputado alegou ter sido enganado na compra das terras.
As investigações sobre a grilagem de terras em São Luís tiveram início após a morte do empresário Margion Andrade, ocorrido em outubro do ano passado, vítima de um crime de encomenda no bairro do Araçagi, município de São José de Ribamar. Os executores do crime foram presos e os mandantes continuam foragidos. O corretor de imóveis Elias Nunes Filho chegou a ser preso e depois de 24 horas, colocado em liberdade por decisão da Justiça. O ex-vereador de Paço do Lumiar, Edson Arouche Júnior, o Júnior do Mojó, que também tem prisão preventiva decretada, continua foragido. De acordo com o delegado Carlos Alberto Damasceno, que comanda as investigações sobre os casos de grilagens, com o advento do assassinato do empresário, que teve uma de suas propriedades griladas, vieram à tona vários outros casos relacionados à fraude de documentos na compra terras.
Mais informações nos endereços: http://g1.globo.com/ma/maranhao/noticia/2012/08/familia-denuncia-envolvimento-de-deputado-em-grilagem-de-terras.html http://g1.globo.com/ma/maranhao/noticia/2012/08/em-depoimento-cutrim-alega-ter-sido-enganado-em-compra-de-terras.html
Fonte: G1/MA
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