USO DE AGROTÓXICOS NO BRASIL
BRASIL: TRI-CAMPEÃO MUNDIAL NO USO DE AGROTÓXICOS
O Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos do mundo. Segundo dados do Sindicato Nacional para Produtos de Defesa Agrícola (Sindage), na safra 2008/2009 o nosso país quase alcançou a marca dos 700 milhões de litros de agrotóxicos legalmente comercializados. Já para a safra 2009/2010, esse número subiu e quase atingiu a marca de 1 bilhão e na safra 2010/2011 ultrapassamos essa marca de mais de um bilhão de litros de agrotóxico comercializado legalmente no País, sem falar nos Agrotóxico que são comercializados ilegalmente.
• Na safra de 2008/2009, foram vendidos 7,125 bilhões de dólares em agrotóxicos
• O uso dos agrotóxicos no Brasil é tão intenso que, fazendo uma distribuição da quantidade de veneno utilizado no ano de 2009 por habitante, chegamos a conclusão de que cada um de nós consumiu uma média de 5,2 kg de agrotóxicos ao longo do ano.
Tanto em 2008, 2009 e 2010 o Brasil foi o maior consumidor de agrotóxicos do mundo.
AGROTOXICOS E SUAS CONSEQÜÊNCIAS
A produção e a comercialização dos agrotóxicos no Brasil e no mundo se concentra na mão de seis grandes empresas transnacionais, que controlam mais de 80% do mercado de venenos.
Além de controlar a fabricação dos agrotóxicos, essas empresas também controlam a produção e comercialização de sementes e medicamentos e até patentearam várias equipamentos hospitalares, cria um ciclo vicioso de consumo para gerar lucro, onde a saúde do povo não é importante, quanto mais veneno, mais doenças, mais remédios, portanto mais LUCRO.
Levantamentos do IBGE e do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindag), ambos de 2009, apresentam o crescimento de 4,59% da área cultivada no Brasil no período entre 2004 e 2008. Por outro lado, as quantidades vendidas de agrotóxicos, no mesmo período, subiram aproximadamente 44,6%.
Isso equivale dizer que se vendeu agrotóxicos num ritmo quase 10 vez superior ao crescimento da área plantada no Brasil naquele período.
Muita Contaminação = Poucos Alimentos.
A contaminação de alimentos na mesa do brasileiro é uma realidade cada dia mais visível, segundo dados do Programa de Análise de Resíduo de Agrotóxico em Alimentos (PARA), da ANVISA. Destaca-se, para os 26 estados brasileiros, os níveis de contágio nas culturas de:
Ø Pimentão (80%)
Ø Uva (56,4%)
Ø Pepino (54,8%)
Ø Morango (50,8%)
Ø Couve (44,2%)
Ø Abacaxi (44,1%)
Ø Mamão (38,8%)
Ø Alface (38,4%), além outras 12 culturas analisadas e registradas com resíduos de agrotóxicos.
O fato é ainda mais preocupante, pois das 819 amostras que apresentaram ingredientes ativos (IAs) não autorizados, 206 amostras (25,1%) apresentaram resíduos que se encontram em processo de reavaliação toxicológica no Brasil. Desse universo, 32 amostras contém ingredientes ativos banidos ou nunca sequer registrados no Brasil, como o heptacloro, clortiofós, dieldrina, mirex, parationa-etílica, monocrotofós e azinfós-metílico, ou seja, além dos agrotóxicos vendidos legalmente não se sabe a quantidade de agrotóxico que entram ilegalmente no País, sabe apenas que entram.
Também é importante que saibamos que todas estes fatos são planejados e aceitos pela burguesia urbana e rural brasileira, pois o que esta em jogo é um Projeto de Vida (Agricultura Camponesa) contra um Projeto de Morte (Agronegócio). Tais representantes do Projeto de morte nos condenam de defensores do atraso enquanto que eles são os defensores do Moderno.
Recentemente a Senadora Kátia Abreu e presidenta dos ruralistas, reconheceu em entrevista no Jornal Folha de São Paulo, de que cabe ao agronegócio produzir barato, porem com muito veneno, para a população pobre brasileira. Já os pequenos agricultores, que se dedicam a agroecologia podem seguir produzindo alimentos orgânicos, para que a elite brasileira, nós, dizia ela, continuemos nos alimentando com produtos saudáveis.
Aonde está o moderno nessa declaração?
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